Lisboa

O PALÁCIO FRONTEIRA, localizado na freguesia de São Domingos de Benfica, em Lisboa, é um dos mais belos e bem preservados palácios da capital portuguesa. Construído no século XVII, este palácio é um exemplar notável da arquitetura civil portuguesa, combinando elementos do estilo barroco com a riqueza decorativa típica da época, e é famoso pelos seus magníficos jardins e pela impressionante coleção de azulejos que adornam os seus interiores e exteriores.

O Palácio Fronteira foi encomendado por D. João de Mascarenhas, 1.º Marquês de Fronteira, em 1671, como residência de campo e pavilhão de caça, numa altura em que a zona ainda se encontrava fora dos limites urbanos de Lisboa. Ao longo dos séculos, o palácio permaneceu na posse da família Mascarenhas, que o preservou como uma das suas principais residências, mantendo-se até hoje como propriedade da Fundação das Casas de Fronteira e Alorna.

Arquitetonicamente, o palácio é um exemplo exuberante do barroco português, com influências maneiristas, que se refletem nas suas proporções harmoniosas, nas fachadas elegantemente decoradas e na rica ornamentação dos seus interiores. O grande destaque do Palácio Fronteira é, sem dúvida, a sua extraordinária coleção de azulejos, que o torna único no contexto da arquitetura portuguesa. Estas peças, que cobrem tanto as paredes interiores como exteriores, representam cenas mitológicas, alegóricas e históricas, e são consideradas algumas das melhores obras de arte azulejar do país.

Os jardins do Palácio Fronteira são outra das suas joias. Divididos em várias áreas, cada uma com um caráter distinto, os jardins combinam elementos formais com a exuberância da vegetação, criando espaços de grande beleza e serenidade. O Jardim Formal, com os seus canteiros geométricos e fontes, é um exemplo típico do jardim barroco, onde a ordem e a simetria são primordiais. O Jardim de Vénus, com a sua vegetação luxuriante e lagos ornamentais, contrasta com a sobriedade do Jardim Formal, oferecendo um espaço mais intimista e romântico.

Entre os elementos mais emblemáticos dos jardins destaca-se a Galeria dos Reis, uma longa galeria ao ar livre adornada com estátuas de reis portugueses e revestida de painéis de azulejos que narram a história de Portugal. Outro destaque é a Casa do Fresco, uma pequena construção decorada com azulejos e estuques, situada junto ao Lago Grande, que oferece um local de repouso e contemplação.

O Palácio Fronteira é mais do que um testemunho da opulência e do bom gosto da nobreza portuguesa; é também um espaço vivo, que continua a ser utilizado para eventos culturais, como concertos, exposições e conferências. Além disso, o palácio e os seus jardins estão abertos ao público, permitindo que visitantes nacionais e internacionais possam admirar a beleza e a história deste lugar.

O Palácio Fronteira também tem uma importância literária e cultural, uma vez que foi frequentado por figuras destacadas da cultura portuguesa, incluindo escritores, poetas e artistas. Esta ligação à cultura e às artes mantém-se viva até hoje, com a Fundação das Casas de Fronteira e Alorna a promover regularmente atividades culturais que enaltecem o património histórico e artístico do palácio.

LOCALIZAÇÃO
Largo de São Domingos de Benfica | 1500-554 Lisboa

CONTACTOS
(+351) 217 782 023 | fundacao@fronteira-alorna.pt