Lisboa
Mandado construir pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, a partir de 1850, sob projeto de Pézerat, o EDIFÍCIO DOS BANHOS DE SÃO PAULO tinha por objetivo aproveitar uma nascente de águas medicinais que havia sido descoberta junto à ala Poente da Praça do Comércio.
Traduzindo uma linguagem tardo-neoclássica, é um edifício de grande solidez, elegância e simplicidade, apresentando planta retangular, organizada em torno de um pátio central, coberto por claraboia com estrutura de ferro, cuja fachada principal, ampla, surge desenvolvida em 2 pisos, ritmados verticalmente por pilastras, e rematada por platibanda e frontão triangular reto.
Ao nível da cobertura é visível o volume cúbico do antigo depósito de água, assim como a alta chaminé cilíndrica das caldeiras, construídas em tijolo.
No interior dispunha de 59 tinas e possuía os equipamentos mais modernos para a época, sendo considerado um dos melhores da Europa. Este balneário serviu a população lisboeta até 1975, data em que foi encerrado ao público, em virtude dos índices de poluição da fonte abastecedora.
Após várias vicissitudes, este edifício, classificado como Imóvel de Interesse Público, foi cedido, em 1990, pela Câmara Municipal de Lisboa à Ordem dos Arquitetos, que aí instalou a sua sede, após as necessárias obras de adaptação, segundo projeto dos arquitetos Graça Dias e Egas Vieira.
LOCALIZAÇÃO
Travessa do Carvalho, 23 | 1249-003 Lisboa