Lisboa

O AQUEDUTO DAS ÁGUAS LIVRES é uma das mais impressionantes obras de engenharia hidráulica do século XVIII em Portugal e um dos símbolos da cidade. Construído para fornecer água à capital, o aqueduto é um marco da arquitetura e da engenharia portuguesa, conhecido tanto pela sua grandiosidade como pela sua importância histórica.

A construção do Aqueduto das Águas Livres teve início em 1731, durante o reinado de D. João V, num período em que Lisboa enfrentava sérias dificuldades de abastecimento de água. O projeto foi concebido pelo engenheiro Manuel da Maia e contou com a participação de outros engenheiros notáveis da época, como Custódio Vieira e Carlos Mardel. A obra foi financiada através de um imposto especial sobre a carne, o “Real de Água”, que era cobrado para custear a construção e manutenção do aqueduto.

O aqueduto tem uma extensão total de cerca de 58 quilómetros, sendo composto por uma rede de canalizações subterrâneas e aéreas que captam e transportam a água desde as nascentes situadas na serra de Sintra até à capital. A estrutura mais emblemática do aqueduto é o conjunto de arcos que atravessa o vale de Alcântara, com 35 arcos, incluindo o arco em ogiva mais alto do mundo, com 65 metros de altura e 29 metros de largura. Esta parte do aqueduto, concluída em 1748, é considerada uma obra-prima da engenharia barroca e um dos mais impressionantes exemplos de aquedutos construídos na Europa.

O Aqueduto das Águas Livres resistiu ao terramoto de 1755, um dos mais devastadores da história de Lisboa, mantendo-se intacto e continuando a desempenhar a sua função de abastecimento de água à cidade durante muitos anos. O sistema do aqueduto abastecia várias fontes públicas e chafarizes da cidade, desempenhando um papel crucial na vida quotidiana dos lisboetas.

Além da sua função prática, o aqueduto tornou-se um símbolo da capacidade técnica e do engenho dos engenheiros portugueses do século XVIII. A sua construção envolveu a aplicação de avançadas técnicas de engenharia, nomeadamente na construção dos seus arcos e na superação dos desafios impostos pela topografia acidentada da região.

Hoje em dia, o Aqueduto das Águas Livres é um monumento nacional e um dos principais pontos de interesse histórico e turístico de Lisboa. Embora já não esteja em uso para o abastecimento de água, o aqueduto foi preservado e restaurado ao longo dos anos, mantendo-se como um testemunho do património arquitetónico e histórico da cidade.

Os visitantes podem explorar o aqueduto através de visitas guiadas, que incluem a travessia do troço do vale de Alcântara, oferecendo uma vista panorâmica deslumbrante sobre Lisboa. O percurso permite apreciar a grandiosidade da obra e a beleza das paisagens envolventes, ao mesmo tempo que se aprende sobre a história e a engenharia por detrás desta magnífica estrutura.

O Museu da Água, localizado nas antigas instalações da Companhia das Águas, complementa a visita ao aqueduto, proporcionando uma visão mais ampla sobre o sistema de abastecimento de água de Lisboa e a importância histórica do Aqueduto das Águas Livres. Este museu oferece uma exposição permanente dedicada à história da água em Lisboa, com uma rica coleção de documentos, mapas, maquetes e objetos relacionados com o abastecimento de água à cidade ao longo dos séculos.

LOCALIZAÇÃO
Calçada da Quintinha, 6 | 1070-225 Lisboa

HORÁRIO
. Terça-feira a domingo | 10h00 – 17h30
. Encerra à segunda-feira e feriados

VISITAS GUIADAS
Marcação obrigatória através do telefone 218 100 215 ou do email mda.epal@adp.pt

CONTACTOS
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